Na era Covid-19, ação busca ampliar o acesso ao ensino superior, abordando dívidas estudantis e saúde mental
O finalista brasileiro entre os Top 50 do Prêmio Global de Professores de 2018, Rubens Ferronato, comemorou o anúncio de seis novas forças-tarefa estudantis para enfrentar os enormes desafios que o ensino superior enfrenta na era da COVID e além. As forças-tarefa – que exploram questões que vão desde o alto custo da educação até o acesso desigual ao aprendizado online – foram estabelecidas em resposta aos dados apresentados na Cúpula Global de Estudantes, organizada pela Varkey Foundation e em parceria com a Chegg.org, que revelou a escala dos problemas enfrentados por estudantes em todo o mundo.
Os dados evidenciados pela Pesquisa Global de Estudantes da Chegg.org, que contou com a participação de quase 17 mil alunos de graduação em 21 países, mostraram que os alunos querem que as universidades ofereçam opções de estudo mais baratas, que muitos estudantes têm dificuldades em pagar suas dívidas e comprar comida e que a saúde mental dos alunos está sendo afetada pela pandemia.
As seis forças-tarefa estabelecidas em resposta a esses desafios serão gerenciadas pela Comunidade Changemaker da Chegg.org, que é composta pelos 50 finalistas do primeiro Prêmio Global de Alunos, a ser anunciado em agosto. Seu trabalho começará no verão e eles irão compartilhar com universidades, empresas, governos e organismos internacionais as várias percepções e perspectivas dos estudantes de todos os continentes.
Rubens Ferronato disse:
“A COVID levou os alunos brasileiros ao limite e expôs desigualdades profundas, inclusive a lacuna entre aqueles que têm acesso à educação online e os que não têm. A comunidade internacional deve trabalhar com urgência para obter acesso à Internet para todos, de modo que todos os alunos possam continuar aprendendo, mesmo quando suas universidades ou escolas forem forçadas a fechar.
“Eu apoio a criação dessas novas forças-tarefa, que permitirão que os alunos liderem o caminho no fornecimento de soluções cruciais para a lacuna digital e outros grandes desafios que o ensino superior enfrenta na era da COVID e além.”
Seis forças-tarefa foram anunciadas para abordar cada uma das seis ações necessárias definidas durante a Cúpula Global de Estudantes:
1) As universidades devem ampliar o acesso à educação, explorando opções de estudo de baixo custo
2) A comunidade internacional deve eliminar urgentemente a crescente divisão digital global, garantindo o acesso à Internet para todos
3) Universidades, governos e empresas devem trabalhar juntos para enfrentar com urgência a crise global de dívidas estudantis
4) Universidades em todo o mundo devem concentrar recursos e atenção no apoio à saúde mental de suas populações estudantis
5) As universidades e o governo devem garantir que a insegurança alimentar não seja uma barreira para a aprendizagem dos alunos
6) As universidades devem apoiar seus alunos, independentemente do que eles estudam, na sua preparação para o mercado de trabalho em rápida transformação
Lila Thomas, diretora da Chegg.org, disse:
“Estudantes em todo o mundo têm demonstrado força, foco e determinação tremendos para continuar aprendendo e lutando pelo seu futuro. Devemos ouvir suas vozes, ao mesmo tempo que procuramos ajudar os alunos a prosperarem no novo ambiente educacional resultante da pandemia.
“Nossa nova comunidade Chegg.org Changemaker, formada por estudantes de todos os continentes do mundo, trará novas ideias para levar adiante as ações necessárias e buscar soluções duradouras para os desafios enfrentados pelo ensino superior.”
Sunny Varkey, fundador da Fundação Varkey, disse:
“Mesmo sentindo que o mundo está mudando sob seus pés, os alunos estão se unindo para ajudar a transformar a educação de seus colegas em todo o mundo. Quero oferecer apoio às vozes dos alunos e espero que todos os principais interessados ouçam seus insights cruciais.”
Notas aos editores
- A Fundação Varkey acredita que todas as crianças merecem ter um ambiente de ensino alegre e estimulante, que desperte e encoraje todo o seu potencial. A fundação acredita que nada é mais importante para alcançar isso do que a paixão e a qualidade dos professores. Eles fundaram o Prêmio Global de Professores para destacar o trabalho incrível que os professores realizam em todo o mundo. Para mais detalhes, visite varkeyfoundation.org
- org é o braço de impacto, ativismo e pesquisa da Chegg: abordando os problemas enfrentados pelos alunos de hoje. Para obter mais informações, visite www.chegg.org
- Chegg: Uma maneira mais inteligente de ser Student®. Nós trabalhamos para melhorar resultados educacionais, colocando o aluno em primeiro lugar. Apoiamos os alunos em sua jornada desde o ensino médio até a faculdade e em suas carreiras, proporcionando ferramentas projetadas para ajudá-los a aprenderem com os materiais dos seus cursos, a obterem sucesso nas aulas e a economizarem dinheiro com os materiais necessários. Nossos serviços estão disponíveis online, a qualquer hora e em qualquer lugar. A Chegg é uma empresa de capital aberto com sede em Santa Clara, Califórnia, com ações na bolsa de NYSE sob o símbolo CHGG. Para obter mais informações, visite chegg.com
Mais detalhes sobre o escopo das forças-tarefa:
1) As universidades devem ampliar o acesso à educação, explorando opções de estudo de baixo custo
O alto custo do ensino superior o coloca fora do alcance de muitos estudantes em todo o mundo. A UNESCO constata que “as desigualdades no acesso ao ensino superior persistiram nas últimas duas décadas”, com barreiras que incluem pobreza e mensalidades muito altas. As pressões da pandemia da COVID apenas exacerbaram o problema, sendo que 56% dos estudantes universitários dos EUA entrevistados pela One Class dizem que não podemmais pagar suas mensalidades. Cerca de dois terços (65%) dos alunos em todos os 21 países na Pesquisa Global de Estudantes da Chegg.org dizem que prefeririam que sua universidade oferecesse mais aprendizagem online se isso significasse pagar mensalidades mais baixas. Mais da metade (54%) dos alunos em todos os países pesquisados também afirmam que, se fosse mais barato, eles prefeririam que seu curso de graduação levasse menos tempo para ser concluído. Muitas universidades já estão alcançando estudantes de baixa renda por meio de subsídios e bolsas de estudo e devem trabalhar de forma construtiva com as entidades estudantis para oferecer acesso ao ensino superior para todos. As universidades também podem explorar opções práticas para reduzir o custo dos cursos por meio de alternativas mais acessíveis que não colocam pressão financeira adicional sobre o corpo docente, incluindo a redução de custos por meio da oferta de aprendizagem online e oferecendo cursos mais curtos para reduzir as mensalidades quando necessário.
2) A comunidade internacional deve eliminar urgentemente a crescente divisão digital global, garantindo o acesso à Internet para todos
A crise forçou universidades e escolas em todo o mundo a passarem para o ensino online, mas mesmo em países desenvolvidos, os dados da ITU de 2019 mostram que apenas 87% das famílias têm acesso à Internet, enquanto nos países em desenvolvimento apenas 47% têm acesso, deixando muitos para trás. Os governos e a comunidade internacional devem trabalhar com urgência para eliminar a exclusão digital global, de modo que nenhum aluno perca sua educação na próxima vez que uma crise forçar o fechamento de suas escolas ou universidades. Em particular, as nações doadoras de ajuda internacional e os grupos filantrópicos devem considerar o investimento de fundos e o fornecimento de assistência técnica para desenvolver a capacidade digital dos sistemas educacionais no mundo em desenvolvimento.
3) Universidades, governos e empresas devem trabalhar juntos para enfrentar com urgência a crise global de dívidas estudantis
As altas mensalidades em muitos países, assim como o custo de vida elevado, fizeram com que muitos estudantes contraíssem dívidas. Mais de um terço dos estudantes pesquisados pela Chegg.org em 21 países que têm um empréstimo estudantil dizem que perdem o sono com isso, enquanto 21% dizem que isso os deixa tão ansiosos que procuram ajuda médica. A obtenção de uma educação não deve ser baseada na capacidade de pagamento, mas na fome de aprender. Os governos devem buscar maneiras de trabalhar com as universidades para reduzir as mensalidades, especialmente para as pessoas de baixa renda, enquanto as empresas devem procurar oferecer a possibilidade de alívio da dívida estudantil para os seus funcionários.
4) Universidades em todo o mundo devem concentrar recursos e atenção no apoio à saúde mental de suas populações estudantis
Mais da metade (56%) dos estudantes em todos os 21 países pesquisados pelo Chegg.org dizem que sua saúde mental foi prejudicada durante o período da pandemia da COVID-19. Destes, 3% afirmam que tentaram pôr fim à própria vida, 15% cogitaram pôr fim à vida, 8% se auto agrediram, 17% procuraram apoio para a sua saúde mental e 81% afirmam que o estresse e a ansiedade aumentaram. As universidades devem revisar seus serviços de apoio à saúde mental e garantir que sejam capazes de atender ao aumento da demanda causado pela pandemia. E devem garantir que todos os alunos estejam cientes dos serviços oferecidos e facilitar o seu acesso a eles.
5) As universidades e o governo devem garantir que a insegurança alimentar não seja uma barreira para a aprendizagem dos alunos
Mais da metade (53%) dos alunos em todos os países pesquisados pela Chegg.org enfrentaram problemas com o custo de vida no ano passado, sendo que 22% tiveram dificuldade para comprar comida. Isso é uma ameaça ao aprendizado. 35% dos estudantes universitários dos EUA pesquisados no relatório de insegurança alimentar de 2020 da Chegg.org disseram que a fome afetou sua capacidade de estudar em algum momento. As universidades e os governos devem garantir que os alunos que enfrentam dificuldades com o custo de vida tenham acesso a alimentos nutritivos gratuitos.
6) As universidades devem apoiar seus alunos, independentemente do que eles estudam, na sua preparação para o mercado de trabalho em rápida mudança
Os empregos são a principal motivação dos alunos que vão para a universidade. Em todos os 21 países pesquisados pela Chegg.org, 21% dos alunos dizem que sua principal motivação é que a carreira específica que almejam exige um diploma, enquanto 19% dizem que a educação serve para ampliar suas perspectivas de emprego. Enquanto isso, 14% afirmam que a motivação é aumentar o seu potencial de ganho salarial. No entanto, a automação e a IA estão mudando rapidamente o mundo do trabalho, com novas profissões surgindo e outras tornando-se obsoletas. É vital que o ensino superior seja relevante para o mercado de trabalho que os alunos enfrentam. 6) As universidades devem apoiar seus alunos, independentemente do que eles estudam, na sua preparação para o mercado de trabalho em rápida transformação. Por exemplo, as universidades podem considerar oferecer aos alunos um guia sistematizado para os tipos de habilidades empregáveis que eles aprenderão em cada curso, que vão desde habilidades técnicas, como análise ou codificação, até habilidades interpessoais, como trabalho em equipe e comunicação. Isso ajudaria os alunos a construírem um portfólio de habilidades prontas para o mercado de trabalho.